Com
a instauração da ditadura em 1964, a Imprensa foi alvo da censura de várias
maneiras. Primeiro surgiu a Lei de Imprensa, que tinha por objeto punir os
jornalistas, restringir sua liberdade de expressão e consolidar o regime autoritário.
Depois surgiu a censura prévia, que determinava que entrevistas, matérias e tudo o que se pretendia mostrar
publicamente (músicas, peças teatrais, etc...) só poderiam sê-lo após revisão e
aprovação do poder. Inclusive era costume, quando uma matéria não passava por
aprovação, que em seu lugar fosse publicado receitas e poesias. Uma forma dos
jornalistas protestarem sem ferir o regime e deixar aos leitores uma mensagem
que ali havia censura.
Antes e depois de uma matéria censurada. Uso do texto de Os Luzíadas na nova página. |
Receita de doce no lugar da matéria censurada |
A autocensura veio em seguida e foi quando os próprios jornalistas já
evitavam abordar determinados assuntos ou não expressavam a verdadeira opinião
para não confrontar o regime.
As perseguições políticas acabaram fechando vários jornais, e
prejudicando as vendas de tantos outros. No Correio da Manhã a redação foi
invadida por militares e vários jornalistas foram presos.
A ditadura só começou a perder forças em 1978 e então começou um lento
processo de redemocratização que só se concluiria com a campanha de ‘Diretas Já’
(1983-1984). A essa altura a imprensa vinha com força divulgando a campanha,
tendo alguns jornais como pioneiros deste movimento.
Diretas já:
Texto produzido pela aluna Luiza Ferreira, 1º período de Comunicação Social para a disciplina Estudos em Comunicação da Universidade Veiga de Almeida.
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