terça-feira, 16 de abril de 2013

A relação entre Ditadura e Imprensa


Com a instauração da ditadura em 1964, a Imprensa foi alvo da censura de várias maneiras. Primeiro surgiu a Lei de Imprensa, que tinha por objeto punir os jornalistas, restringir sua liberdade de expressão e consolidar o regime autoritário.

 Depois surgiu a censura prévia, que determinava que entrevistas, matérias e tudo o que se pretendia mostrar publicamente (músicas, peças teatrais, etc...) só poderiam sê-lo após revisão e aprovação do poder. Inclusive era costume, quando uma matéria não passava por aprovação, que em seu lugar fosse publicado receitas e poesias. Uma forma dos jornalistas protestarem sem ferir o regime e deixar aos leitores uma mensagem que ali havia censura.
Antes e depois de uma matéria censurada. Uso do texto de Os Luzíadas na nova página.

Receita de doce no lugar da matéria censurada


A autocensura veio em seguida e foi quando os próprios jornalistas já evitavam abordar determinados assuntos ou não expressavam a verdadeira opinião para não confrontar o regime.

As perseguições políticas acabaram fechando vários jornais, e prejudicando as vendas de tantos outros. No Correio da Manhã a redação foi invadida por militares e vários jornalistas foram presos.

A ditadura só começou a perder forças em 1978 e então começou um lento processo de redemocratização que só se concluiria com a campanha de ‘Diretas Já’ (1983-1984). A essa altura a imprensa vinha com força divulgando a campanha, tendo alguns jornais como pioneiros deste movimento.

Diretas já:


Texto produzido pela aluna Luiza Ferreira, 1º período de Comunicação Social para a disciplina Estudos em Comunicação da Universidade Veiga de Almeida.




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