sexta-feira, 5 de abril de 2013

A origem da escrita




1 – A origem da escrita

A expressão oral foi uma forma de nomear as coisas e os sentimentos. O surgimento de um léxico encadeou o sentido para ambos. Representá-los através de símbolos visuais – essas coisas e esses sentimentos – e, mais tarde, simplesmente simbolizar os sons foram o papel da escrita.

A divisão entre Pré-História e História é determinada pela invenção da escrita.

Com a vida em sociedade o homem passa a ter que fazer registros. A agricultura fez o homem registrar a quantidade dos alimentos, o tamanho da terra, da compra e venda de animais, além de saber a divisão dos dias dos anos e dos meses e quais estações ou épocas eram propícias para o plantio e colheita. A intenção de registrar está associada à necessidade de lembrar.


2 – A escrita cuneiforme

Uma das raras unanimidades sobre a história da escrita é que ela teria surgido na Suméria, na Mesopotâmia. Os sumérios com base nos registros criaram uma “lista de signos” que representavam objetos.

Ao longo da História esses signos foram substituídos de objetos para sons da fala. A representação dos sons está na raiz de todas as verdadeiras escritas e surgiu da ideia de usar um pictograma para representar o som do nome do objeto representado e não a sua forma concreta.




A técnica – a argila era bem amassada e moldada, como tabletes. Uma cunha triangular (o antepassado do que hoje entendemos como um pequeno lápis) era pressionada contra a argila, produzindo um sulco que fazia os registros necessários. Deveria ter destreza para tal pois a argila secava rapidamente.

O cuneiforme foi o sistema de escrita mais difundido e importante historicamente no antigo Oriente: durou 3 mil anos e chegou a outras culturas. Um dos grandes trabalhos feitos nesta época é o Código de Hamurabi, um conjunto de leis que regeu a sociedade da época.


3 – Os hieróglifos

A escrita cuneiforme se espalhava pela Mesopotâmia, mas outros sistemas de escrita era desenvolvido no Egito e na China, a escrita dos deuses – tradução da palavra hieróglifos.

A escrita hieroglífica é constituída de três tipos de signos: pictogramas (desenhos estilizados que representam objetos ou seres, com combinações desses mesmos signos para expressar ideias); fonogramas (as formas usadas para representar sons) e determinativos (signos usados para indicar qual categoria de objetos ou seres está em questão).



Um grande problema da escrita cuneiforme era a portabilidade das tabuletas de barro. O papiro tem a grande facilidade de locomoção e isso tem um grande significado social, as informações passam a chegar mais rápido. Transportar os textos escritos em papiro era leve e fácil, e a informação passou a circular com muito mais velocidade e a vencer distâncias cada vez maiores.


4 – Os escribas

Os escribas registravam os códigos legais e os contratos de casamento, anotavam sua própria história, a contabilidade e os acontecimentos importantes, por tanto tinham grande prestígio.

O domínio da palavra escrita os aproximava do divino e os livrava do trabalho árduo e das tarefas manuais.

Os alfabetizados tinham chances de ascensão social e não pagavam impostos, pois o imposto era o trabalho da escrita.



5 – O alfabeto


O alfabeto tem origem na Fenícia, tinha 22 símbolos e não tinha as vogais. O alfabeto como nós conhecemos hoje em dia é oriundo dos gregos.

Foi a partir do alfabeto grego que sinais de todos os fonemas foram traduzidos como elementos sonoros fundamentais à língua. Estes sinais gráficos estavam a serviço da língua falada.


Alfabeto fenício:



Alfabeto grego:




A oralidade como forma de transmissão do pensamento e expressão foi sendo moldada para funções diferentes como narrar, ensinar, discursar e outras.

CONCLUSÃO:

Se a princípio a escrita era utilizada somente para o registro de informações importantes e era reservada a uma elite seleta, nos dias de hoje seu papel é completamente diferente e é pré-requisito básico na formação do ser.
O papel da escrita na formação do sujeito é muito mais profundo do que se pensa. É a porta de entrada para a cultura, saber tecnológico, científico, erudito,etc.
Além de sua função básica utilizada no dia-a-dia, como ler nome de ruas, de ônibus, consultar listas, telefones, rótulos de produtos, revistas, jornais. A leitura também é um meio de comunicação entre as pessoas é através dela que é possível se comunicam por cartas, e-mails, enfim por registros que utilizam as letras (o alfabeto).
Saber decodificar o código escrito, ou seja, ler é muito mais que atribuir significados a palavras isoladas, resumindo-se a um processo mecânico. O ato de saber ler como patamar para atingir o sucesso implica em construir conhecimento, gerar reflexões e desenvolver uma consciência crítica sobre o que é lido.


Conclusão retirada do artigo: “O PROCESSO HISTÓRICO DA ESCRITA E SUA IMPORTÂNCIA NA FORMAÇÃO DO SUJEITO”. Ana Paula Pires Trindade. 

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